- Diaristas e empregadas domésticas: existem diferenças perante o INSS?
- Contribuinte individual deve interromper recolhimentos ao receber benefícios previdenciários
- Posso requerer benefício por incapacidade temporária sendo MEI?
- Você sabia que criança com Autismo pode ter direito ao BPC/LOAS?
- Plataforma do FGTS digital entra em funcionamento para simplificar o recolhimento do FGTS aos empregadores
A análise automática
surgiu com o intuito de zerar a gigantesca fila de solicitação de benefícios
que estão no INSS aguardando um parecer, porém, esse procedimento não só não
diminuiu a fila, como trouxe prejuízos imensuráveis aos segurados, tendo em
vista que a documentação é analisada por um robô.
O cidadão que trabalhou
arduamente durante uma vida inteira se vê prejudicado quando realiza o pedido
do seu benefício, pois o caso não recebe a atenção necessária, uma vez que a
ferramenta de inteligência artificial analisa apenas o que está na base de
dados do governo. Assim, deixando de verificar a documentação apresentada e
desconsiderando as particularidades do caso.
Com a diminuição
constante do número de servidores do INSS na ativa, em decorrência de que
muitos se aposentaram, outros se afastaram por problemas de saúde e não houve
mais a realização de concurso público para reposição, tornou-se inviável dar
conta das análises dos pedidos em um tempo razoável. Por esse motivo, lançou-se
mão da tecnologia para diminuir os pedidos represados.
O problema é que as
máquinas passaram a negar os benefícios em massa, aumentando ainda mais uma
segunda fila: a de recursos. Isso faz com que a fila apenas mude de lugar. Inconformado
com o indeferimento equivocado, o requerente recorre da decisão na via
administrativa ou opta por buscar o poder judiciário assim que seu benefício é
negado.
Em suma, essa
sistemática faz como que as análises sejam cada vez mais injustas e impedem o
acesso ao benefício ao qual o segurado possui direito.